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    Arte da Vinha: originais e surpreendentes, os verdadeiros vinhos de garagem!

    access_time Publicado em 6 de junho de 2017
    update Atualizado em 14 de dezembro de 2017
    perm_identity postado por Vinhos com Fernando Lima
    folder_open Brasil,Espumantes,Produção,Vinícolas,Vinho Laranja

     

    Na Arte da Vinha, mais que uma simples metáfora ou alusão poética, a expressão “vinho de garagem” é interpretada literalmente. Os vinhos são de fato produzidos dentro de uma garagem!  O carro fica na rua, pois na garagem de sua casa, que lembra um laboratório de cientista louco, o criativo  Eduardo Zenker produz vinhos fantásticos e muito originais.

    Garagem transformada, na qual Zenker produz seus vinhos

    Eduardo Zenker é um vitivinicultor, estudioso e autodidata que realizou seu sonho de criança: produzir seus próprios vinhos. Aos 09 anos brincava de fazer vinho e já dizia ao seu pai que queria fazer espumantes.  Seus primeiros vinhos começaram a ser elaborados em 1999 e até agora Zenker já produziu mais de 50 tipos de vinhos e testou mais de 30 castas diferentes.  Algumas provenientes de seu vinhedo e outras compradas de amigos produtores.

    A Arte da Vinha possui 1,2 hectares de vinhedos próprios, localizados em Carlos Barbosa, próximo à vinícola-garagem, que  fica em Garibaldi, município vizinho.  O vinhedo é chamado de Vinhas da Loucura, está a 470m de atitude e possui Certificação Orgânica.

    As Vinhas da Loucura. Foto obtida no site da Arte da Vinha.

     Adepto dos preceitos da produção orgânica e da vinificação natural, Zenker junto com sua esposa, a bióloga Gabriela Schäfer, acompanham, estudam e mapeiam a ação de diversas leveduras na produção do vinho. Eles acreditam que cada levedura deixa sua personalidade no vinho, assim, através de degustações periódicas, eles acompanham de perto a evolução de seus vinhos. Não possuem a menor pressa em lançar um rótulo. O produto só sai quando o consideram pronto e há ainda vinhos de 2011 em guarda!

    Os vinhos repousam já engarrafados na Cave dos Sonhos, localizada no antigo depósito no porão de sua casa, no local que brincava quando criança e possui acesso direto de sua garagem.

    Bate-papo com Eduardo Zenker e seus vinhos repousando ao fundo

    A produção atual é de  5.000 garrafas e é bem diversificada. Há brancos tradicionais, laranjas (que são os brancos elaborados em contato com sua casca, tal qual um tinto), rosés, tintos, espumantes tradicionais e espumantes ancestrais.  Os espumantes  Espírito Pacômio Ancestral e  Equinócio Nature Rosé foram recentemente premiados na edição 2017 do conceituado Guia Descorchados nas categorias espumante revelação 2017 e melhor espumante da Serra Gaúcha, respectivamente.   O nome do primeiro é uma homenagem ao marista Francês que foi transferido para a congregação de Garibaldi no início do século XX e disseminou na região seu conhecimento na produção de espumantes.  Já o nome do segundo é uma alusão à cultura biodinâmica.

    Zenker mostrando suas leveduras![

    O  Equinócio Nature Rosé foi o que tivemos o prazer de degustar com o casal Eduardo e Gabriela. Trata-se de um espumante fantástico, possui corpo, cremosidade e frescor.  É um produto único e surpreendente, resultado da criatividade de seu produtor.  Rosé formado por um corte singular de 10 uvas: 20% Egiodola (de Garibaldi vinificado em rosé), 20% Sangiovese (de Monte Belo vinificado em rosé), 10% Tannat (de Garibaldi vinificado em rosé), 10% Cabernet Sauvignon (de Garibaldi vinificado em rosé), 10% Cabernet Franc (de Garibaldi vinificado em rosé), 10% Peverella (de Bento Gonçalves), 10% Ugni Blanc (de Garibaldi) , 6% Pinot Noir ( Vinhas da Loucura), 2% Malbec (de Garibaldi, vinificado em rosé) e 2% Chardonnay (Vinhas da Loucura).

    Equinócio Nature Rosé: um dos grandes espumantes que já bebi

    Abaixo a linha de vinhos tranquilos denominados Bastardos que foram engarrafados em 2017.  O nome e o peixe voador (fora d’água) no rótulo simbolizam que os vinhos são feitos com  uvas que não são da região (Garibaldi/RS).  São cepas de Encruzilhada do Sul (RS) e Urubici (SC) que foram trazidas por amigos. A linha possui um rosé de Sangiovese e um tinto de Barbera e outro de Montepulciano.

    Os Bastardos: Peixes fora d’água, mas voando para a Arte da Vinha!

    Em cada rótulo da Arte da Vinha há um infográfico desenvolvido pelo casal que chama-se escala Glou Glou.  O objetivo é informar tanto aos iniciados quanto aos iniciantes em vinhos de fermentação natural sobre a facilidade degustativa de determinado vinho.  A primeira cor é a verde bandeira, que representa o nível mais fácil de beber, ou seja aquele com mais facilidade degustativa, portanto o mais Glou Glou da escala. Na sequencia a cor verde clara, o amarelo, o laranja e finalmente o vermelho, que representando o vinho de sabor mais exótico ao paladar.

    A criativa escala Glou Glou, presente nos rótulos Arte da Vinha

    O Gewurztraminer laranja abaixo e no seu rótulo o desenho da escala  Glou Glou, desenvolvida pelo casal.

    Ampola do laranja que trouxe na mala para beber num momento de reflexão.

    É fácil perceber que foi incrível a experiência de visitar a garagem na qual são produzidos os vinhos da Arte da Vinha e conhecer de perto o trabalho do Eduardo Zenker .  Sem contar  o descontraído bate-papo com o atencioso casal que foi uma enriquecedora viagem ao universo das leveduras e vinhos naturais, orgânicos e biodinâmicos.

    O gentil casal: Gabriela Schäfer e Eduardo Zenker

    Ao abrir mão de produtos enológicos e partir para a vinificação natural,  Zenker busca a expressão de seu terroir e obtém produtos únicos.  Livre de amarras, deixa seu espírito inquieto e criativo fluir no seu trabalho, sendo isto o grande  diferencial e a marca de seus vinhos!

    Ânfora de barro para produção de vinhos pelo método ancestral. Seu interior foi revestido com cera de abelha pelo próprio Zenker

     

    Degustando direto da barrica um chardonnay que promete!!

     

    A barrica do chardonnay degustado.
    Ampolas repousando na Cave dos Sonhos! Mais sugestivo, impossível!

     

    O primeiro vinho que provei da Arte da Vinha foi em 2016 e foi o Suvaco de Anjo Corte 2 acima.

     

     

     

     

     

     

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