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    A geada nos vinhedos de SC e do RS através de belas imagens

    access_time Publicado em 4 de agosto de 2021
    update Atualizado em 30 de agosto de 2021
    perm_identity postado por Vinhos com Fernando Lima
    folder_open Brasil,Curiosidades/Entretenimento,Turismo,Vinícolas

    Uma enorme massa de ar polar atingiu o sul e parte do sudeste do país na última semana de julho deste ano despencando as temperaturas, causando neve, geada e mudando o cenário dos vinhedos nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

    Área azul representa a massa de ar polar. Imagem obtida no site do INMET

    Porto Alegre e Florianópolis tiveram  as temperaturas mais baixas dos últimos anos, chegando a mínimas próximas  de 0°C. Bento Gonçalves registrou temperaturas abaixo de zero e sensação térmica de -5°C.  Nevou em diversas cidades, como Gramado (RS), Farroupilha (RS), Garibaldi (RS), Vacaria (RS), Urupema (SC), Bom Jardim da Serra (SC) e São Joaquim (SC).  Sendo que Urupema (SC) chegou a registrar  -8 °C  e Vacaria (RS) marcou  -7,2º C.

     

    Foto de Priscila Boeira de @relatoserragaucha

     

    Miolo no Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves – RS. Foto de @RodiGoulart

     

    Leone di Venezia em São Joaquim-SC. Foto de @leonedivenezia

     

     

    Villa Francioni em São Joaquim-SC. Foto de divulgação da VF

     

    Vinhedos da Cave Geisse em Pinto Bandeira – RS. Foto de @familiageisse

    As geadas ocorrem quando o ar frio, numa temperatura inferior a 0°C, se acumula ao nível do solo congelando todo o vapor de água assentado no solo ou na videira.

     

    Vinhedos da Villaggio Conti em São Joaquim (SC). Foto de @villaggioconti

     

    Vinhedos da Cave Geisse em Pinto Bandeira – RS. Foto de @familiageisse

     

    Foto de Lindiane Brum da Valmarino em Pinto Bandeira-RS

     

    Vallontano no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves-RS. Foto do acervo da Vallontano Risoteria e Café

    Se a geada é um fenômeno é responsável por enormes prejuízos no setor agrícola, por que não causou estragos nos vinhedos do RS e SC?

    Porque nesta época do ano, inverno, as videiras estão na fase de hibernação. É o período de dormência, repouso vegetativo, no qual a planta diminui o seu metabolismo. Não tem folhas, tampouco uvas.  Assim, esta geada de inverno não prejudica a viticultura.

     

    Vinhedos do Monte Agudo em São Joaquim – SC. Fotos de @vinhedosdomonteagudo

    Claro que temperaturas extremamente baixas, inferiores a -20°C, podem danificar seriamente a videira ou até provocar a sua morte, mas felizmente as temperaturas que tivemos no país não chegaram a tanto.  O enxerto é a parte da videira mais vulnerável e em regiões onde o frio extremo representa risco, protege-se o enxerto cobrindo-o com terra numa técnica conhecida como “amontoa”, que é comumente utilizada no cultivo de tubérculos, como por exemplo a batata, só que neste caso é para protegê-la do sol.

    Quando as geadas podem ser prejudicais à viticultura?

    Na primavera, que é, como aprendemos na escola, a estação associada ao reflorescimento da flora terrestre. Nesta estação, por volta do final de agosto e setembro aqui no hemisfério sul, ocorre a brotação, que é o início da temporada de crescimento.  Assim, as geadas de primavera são extremamente prejudicais, pois nesta fase podem matar os gomos que acabaram de brotar. E os danos provocados podem impactar seriamente a produtividade de um vinhedo.

    Como minimizar o efeito prejudicial da geada de primavera?

    De forma bem simplificada, em áreas fortemente sujeitas a incidência da geada, na previsão de iminente ocorrência deste fenômeno, como ele se dá com temperaturas baixas perto do solo, pode-se utilizar:

    • Aquecedores ou fogueiras em tambores: aumentam a temperatura quando colocados ao longo da vinha para gerar calor
    • Ventiladores: movimentam o ar mais quente “de cima” para o solo evitando que a temperatura embaixo fique próxima ao congelamento
    • Aspersores: pulverizam água nas videiras que congela atuando como uma película protetora. Se no momento da ocorrência da geada as plantas estiverem molhadas, a água que envolve a planta será congelada se mantendo a 0°C, protegendo os tecidos vegetais, que consegue tolerar frios mais intensos. É um efeito semelhante ao que ocorre no iglu, a casa dos esquimós.
    •  Helicópteros: movimentam o ar evitando que  a temperatura atinja o ponto de congelamento.

    E de maneira geral, ajuda a prevenir a geada uma condução alta da videira mantendo-a mais distante do solo e plantar videiras em pontos mais altos de encostas evitando as depressões de terreno, já que o ar mais frio tende a se acumular mais nas partes mais baixas. Parece fácil, mas não é!  Na natureza não há garantias, por isso é necessário  trabalho árduo, dedicação e persistência.

    Vinícola Miolo no Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves – RS. Foto de @RodiGoulart

     

    Vestígios da neve pela manhã na Villaggio Bassetti em São Joaquim-SC. Foto da @villaggiobassetti

     

    Villa Francioni em São Joaquim-SC. Foto de divulgação da VF

     

    Mirante da Cave Geisse em Pinto Bandeira – RS. Foto da @familiageisse

     

    Neve caindo na Villaggio Bassetti em São Joaquim-SC durante a madrugada, parecendo até um cartão de natal! Foto da @villaggiobassetti

    Todas as fotos deste posts foram devidamente autorizadas e gentilmente enviadas pelos responsáveis por estes belos registros. Parabéns a todos por captar estas lindas imagens e obrigado por permitir compartilhar!

     

     

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