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    Argiano: Arquitetura, Arte e Grandes Brunellos em Montalcino

    access_time Publicado em 1 de abril de 2025
    update Atualizado em 1 de abril de 2025
    perm_identity postado por Vinhos com Fernando Lima
    folder_open Itália,Turismo,Vinícolas

    Argiano é uma das vinícolas mais antigas de Montalcino, com origens renascentistas e uma história de cerca de 500 anos. Faz parte do seleto grupo das 25 vinícolas fundadoras do Consorzio del Vino Brunello di Montalcino em 1967.

    Imagem obtida no site da Argiano

    Durante o período do Renascimento, a nobre família Pecci de Siena construiu a magnífica Villa Bellaria (1581-1596), uma joia arquitetônica que logo se tornou um centro de atividades culturais e de produção de vinho, consolidando a reputação da Argiano como um dos principais produtores de Brunello di Montalcino.

    Ao longo dos séculos, a propriedade passou por diferentes famílias nobres até ser adquirida em 1992 pela condessa Noemi Marone Cinzano que, com a colaboração do renomado enólogo Giacomo Tachis, foram responsáveis pelo surgimento do famoso vinho Solengo, cuja primeira safra foi em 1995 e até hoje permanece sendo elaborado. Trata-se de um Super Toscano que é como são conhecidos os vinhos elaborados com corte composto por Sangiovese e castas francesas.

    Na adega há um espaço batizado de Tachis, em homenagem ao renomado enólogo, onde ficam guardados exemplares de todas as safras do Solengo desde 1995.

    Em 2013 a vinícola foi adquirida pelo investidor brasileiro André Esteves, dando início a um novo capítulo em sua história que pode ser considerado um Novo Renascimento, já que no período de 2014 a 2022, André e sua esposa Lilian Esteves foram responsáveis por promover uma impecável e meticulosa restauração da Villa e de sua histórica adega, conduzida pelo renomado arquiteto italiano Filippo Gastone Scheggi. Além disso, foi desenvolvido um profundo trabalho de estudo e mapeamento dos solos dos vinhedos da propriedade por um dos maiores especialistas em terroir no mundo: Pedro Parra.

    Após mais de uma década, a propriedade vinícola do século XVI está completamente restaurada com sua beleza original preservada e segue produzindo vinhos de alta qualidade sem abrir mão de manter a tradicional expressão do consagrado vinho da região, o Brunello di Montalcino. E a coroação, reflexo de todo o trabalho desenvolvido, ocorreu em 2023, quando a publicação Wine Spectator elegeu o Argiano Brunello di Montalcino DOCG 2018 como o Melhor Vinho do Ano.

    BRUNELLO DI MONTALCINO

    Brunello di Montalcino é uma DOCG (Denominazione di Origine Controllata e Garantita), que é a classificação mais elevada para vinhos italianos, localizada na Toscana, nos arredores da encantadora cidade de Montalcino, na província de Siena. Para explorar a região utilizamos a própria cidade de Montalcino como base.

    Mapa obtido no site Wine Folly, com modificação.

    Os vinhos classificados como Brunello di Montalcino DOCG:

    • somente podem ser elaborados com 100% da casta Sangiovese (também conhecida como Brunello em Montalcino) em sua composição;
    • devem passar por envelhecimento mínimo de 5 anos ( e 6 anos no caso dos Reservas), sendo que pelo menos 2 anos devem ser passados em madeira; e
    • são vinhos com alto potencial de envelhecimento, recomendando-se consumi-los pelo menos 10 anos depois do ano da safra. E vale a pena, pois desconheço alguém que tenha bebido um Brunello com 10 anos ou mais que tenha se arrependido!

    Na mesma região também são produzidos os vinhos Rosso di Montalcino DOC, que são também elaborados com a Sangiovese, mas são vinhos mais jovens que seu primo Brunello, já que podem ser comercializados a partir do dia 1º setembro do ano seguinte ao da colheita, sem exigência de passagem por madeira.  São vinhos menos complexos e opções mais econômicas que os Brunellos.

     

    OS VINHOS DEGUSTADOS

    Ao final da visita, degustamos uma completa seleção de vinhos, entre eles os Brunellos recém lançados da safra 2020.

    A bela régua dos vinhos degustados!

     

    DOC ROSSO DI MONTALCINO

    • Rosso di Montalcino DOC 2023. Começamos o aquecimento bem, já com um clássico do produtor. Mesmo não sendo exigência da DOC, este vinho passa de 6-9 meses por barricas de carvalho francês, resultando num vinho mais intenso e encorpado que a maioria dos Rosso di Montalcino, sem comprometer seu frescor; e
    • Rosso di Montalcino DOC Sella del Leccio 2021. Surpreendeu. Um Rosso de boutique, elaborado com Sangiovese proveniente do vinhedo Sella del Leccio. Vinho com complexidade muito acima dos demais Rossos di Montalcino da região. Mesmo não sendo exigência da DOC, passa cerca de 18 meses por grandes barricas de carvalho francesas de 21 hl. Produção de pouco mais de 1.600 garrafas.

     

    DOCG BRUNELLO DI MONTALCINO

    Superada a fase de aquecimento e preparação do palato, passamos para os Brunellos:

    • Brunello di Montalcino DOCG 2020. Lembrando que o vinho da safra 2018 foi eleito simplesmente o Melhor Vinho do Ano pela Wine Spectator em 2023. Degustamos o 2020 que também estava fantástico! É um vinho que vai longe. Passou cerca de 30 meses por barricas de carvalho francês e eslavo (proveniente da região da Eslavônia na Croácia) de diferentes capacidades (10/15/30/50 hl). É composto por várias parcelas de Sangiovese de diferentes vinhedos que são envelhecidas em madeira em separado e juntadas ao final, passando mais alguns meses em tanques de cimento antes do engarrafamento para permanecer longo tempo em garrafa antes de se comercializado; e
    • Brunello di Montalcino DOCG Vigna del Suolo 2020. Como o nome indica é um single vineyard, elaborado apenas com Sangiovese da melhor parcela do produtor: “Vigna del Suolo”. É o “cru” do produtor. Apenas 4.200 garrafas, faz estágio de 12 meses em carvalho francês e 12 meses em carvalho da Eslavônia. Passa ainda por longo período envelhecendo em garrafa antes de ser comercializado.

     

    SOLENGO, O SUPER TOSCANO.

    Encerramos com o Super Toscano da casa! Como já mencionado, Super Toscano é como são conhecidos os vinhos elaborados com corte composto por Sangiovese e castas francesas que geralmente não são autorizadas nas DOC e DOCG da região, portanto os vinhos recebem a classificação genérica de IGT Toscana (Indicazione Geografica Tipica).

    • Solengo 2022 IGT Toscana. No corte além da Sangiovese, entram Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot. Passa 18 meses por barricas de carvalho francês, onde 60% são novas. Gostamos muito e trouxemos uma garrafa para degustá-la  nos trópicos.

     

    Margherita Mascagni, gerente de exportação da Argiano que gentilmente nos guiou pela propriedade e conduziu a degustação.

     

    A Argiano dispõe de diversas experiências que podem ser reservadas pelos visitantes. Estando na Toscana, vale muito incluí-la no seu roteiro!

    E vc? Conte-nos sobre suas experiências com Brunellos!

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