Dona Berta: ótimos vinhos do Douro chegando no Brasil!

Nesta semana tive o prazer de participar do lançamento dos vinhos Dona Berta no Rio de Janeiro e gostei muito do que vi, ou melhor, do que bebi. Os vinhos são produzidos pela Quinta do Carrenho localizada na região do Douro Superior e a marca Dona Berta é uma homenagem à mãe do engenheiro Hernani Verdellho, fundador da Quinta.
As vinhas são plantadas em terreno de encosta de média altitude (400-600m) para os padrões da região, sendo que a Quinta possui 2 hectares de vinhas centenárias, pré-filoxéricas, com uvas da época, algumas das quais nem constam do registo atual de castas do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), ou seja, castas que nunca havíamos ouvido falar! Interessante mencionar que as vinhas “novas” da propriedade foram plantadas há mais de 40 anos. Assim, com matéria-prima tão rica e diversa, os vinhos resultantes só poderiam ser únicos e bastante interessantes.

Os vinhos foram apresentados pelo especialista Marcelo Copello, profundo conhecedor do Douro, que fez um breve comentário das características da região antes de se deter detalhadamente em cada um dos vinhos . Foram 05 no total, sendo 02 brancos e 03 tintos.

Os vinhos estavam com a melhor companhia possível: a boa e saborosa cozinha portuguesa! Vamos a eles!
OS BRANCOS:

- Dona Berta Vinhas Velhas Reserva Rabigato 2015. Foi um ótimo começo. Vinho com acidez vibrante que se reflete em agradável frescor. A Rabigato é uma das grandes castas brancas do Douro e tem como característica garantir estrutura ao vinho. Safras anteriores deste vinho obtiveram 90pts de Robert Parker e diversas medalhas em concursos internacionais.
- Dona Berta Vinha Centenária 2010. Um grande branco do Douro e foi o que mais me encantou. Está pronto para beber, mas apresenta grande potencial de guarda. Elegante, possui estrutura e corpo. É um branco gastronômico capaz de engrandecer uma refeição. Complexo, devido à variedade de castas oriundas de vinhas centenárias, entre elas, Rabigato, Viosinho, Códega, Verdelho, Malvasia e Códega do Larinho. Na produção, 1/3 do mosto fermenta em barricas de carvalho francês.


OS TINTOS:

- Dona Berta Reserva Tinto 2012. Equilibrado e elegante como um bom Douro. Parte do vinho passa por estágio em barricas de madeira por 1 ano. Acompanha bem pratos fortes. Tem por base as tradicionais castas do Douro: Tinta Roriz, Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinto Cão e Touriga Franca. A safra anterior recebeu 90 pontos RP.
- Dona Berta Tinto Cão Reserva 2011. Menos expressão aromática e mais potência, é o parceiro ideal para pratos fortes. Estagiou em sua totalidade em barricas de madeira por 1 ano.
- Dona Berta Reserva Sousão 2013. Coloração intensa, conferida pela Sousão, uva tintureira do Douro que se dá muito bem com o clima quente da região do Douro Superior. Possui acidez característica da casta e, tal qual o anterior, tem mais potência do que características aromáticas. Gastronômico por natureza. A safra anterior foi avaliada com 90 pontos RP.

Os vinhos Dona Berta sempre estiverem presentes nas melhores lojas de vinhos portuguesas, entre elas a Garrafeira Nacional em Lisboa e a seção gourmet do El Corte Inglês, mas somente a partir deste mês começaram a ficar disponíveis também no mercado brasileiro. São importados com exclusividade pela Chico Carreiro, empresa recente no setor, que assumiu proposta de trazer vinhos de qualidade por preços acessíveis. Nosso mercado de vinhos precisa de inciativas desta natureza, temos poucos que seguem esta cartilha.

Assim, fica a dica destas novas opções do Douro, que muito me agradaram e já estão disponíveis para venda no site do importador.
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