Os originais vinhos da Krasia May
Nesta semana tive a oportunidade de conhecer os vinhos da vinícola Krasia May que foram apresentados pelo seu simpático produtor Wandyr Hagge. Wandyr é professor da UERJ, enólogo certificado pelo Wine Production Program da Universidade da Califórnia e possui o diploma WSET (Nível 4) da Wine & Spirits Education Trust. Com dedicação e coragem foi se aventurar a produzir seus vinhos na Argentina.
Krasia May, que significa obrigado na língua indígena mapuche, é um vinhedo de apenas 2 hectares localizado no Vale do Uco em Mendoza.
Foram degustados 9 rótulos em 3 flights de 3 vinhos cada.
1) No primeiro flight, degustamos 0 torrontés 2013, 0 rosé 2013 e o malbec 2012. Todos da linha Mundus Novus, que é a gama de entrada da vinícola.
1.1) O Mundus Novus Torrontês 2013 me surpreendeu com seu frescor e agradável nariz com discretas notas florais. Possui 95% de torrontês e 5% de sauvignon blanc em sua composição. São uvas orignárias da região La Rioja, localizada no norte da Argentina, mas foram plantadas em Mendoza. Foi o vinho que achei mais interessante deste primeiro flight.
1.2) O Mundus Novus Rosé 2013 é composto de 95% merlot e 5% sauvignon blanc. São utilizadas barricas de terceiro uso ou mais. Achei um vinho muito discreto no nariz e equilibrado na boca.
1.3) O Mundus Novus Malbec 2012 é o tinto desta linha de entrada de gama. 80% do vinho estagiou por 24 meses em barricas francesas de segundo uso e os outros 20% passou por barricas americanas novas. Fica na garrafa por um ano e meio antes de ser lançado no mercado. É redondo, equilibrado e possui boa fruta, característica da cepa.
2) No segundo flight foram degustados o Krasia May Cabernet Franc 2011, o Krasia May Milla 2012 e o Krasia May Merlot 2011.
2.1) O Krasia May Cabernet Franc 2011 possui também em sua composição 6% de merlot e 4% de petit verdot. Faz estágio em barrica francesa de primeiro uso por 36 meses. Possui um nariz complexo. Sua acidez alta e taninos firmes apontam para um grande potencial de guarda. Agradou muito o grupo. Recebeu recentemente medalha de prata no Wines of Argentina Award 2016. É um vinho que promete!
2.2) O Krasia May Milla 2012 é um vinho que se mostrou ainda um pouco fechado, talvez por isso ele ainda não ftenha sido lançado. Tem enorme potencial de guarda e um futuro promissor. Faz estágio mínimo de 36 meses em barricas novas e possui 15 graus alcóolicos. É um corte composto por 50% malbec, 17% cabernet franc e merlot e petit verdot em proporções iguais.Sua produção é limitadíssima e é o único do produtor que possui garrafas do tipo magnum.
2.3) O Krasia May Merlot 2011 é redondo e fácil de beber. Ele é um vinho simpático que já se encontra pronto e dificilmente não agradará. Também faz estagio de 36 meses em barricas novas de carvalho francês e possui 5% de cabernet franc em sua composição.
3) No terceiro e último flight foi a vez dos malbecs! Fizemos uma degustação vertical do Krasia May Malbec, passando pelas safras 2010, 2011 e 2012.
Todos agradaram aos degustadores. Notas elegantes e mais discretas de ameixa foram a marca do 2010. Nos 2011 e 2012 a fruta no nariz era mais marcante. Na boca todos tinham boa suculência e persistência. Os três vinhos estagiaram em barrica francesa de primeiro uso por períodos que variavam de 30 a 36 meses.
Ao final das explanações e dos belos vinhos degustados, só nos restou agradecer em mapuche: krasia may!
As ampolas que mais me agradaram: Krasia May Merlot 2011 e Krasia May Cabernet Franc 2011.
Fim de festa!
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A produção de leite não escapa a essa evolução.
onde encontro os vinhos da Krasia May no Brasil ?