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    Um breve passeio pela DO espanhola Toro

    access_time Publicado em 10 de agosto de 2023
    update Atualizado em 10 de agosto de 2023
    perm_identity postado por Vinhos com Fernando Lima
    folder_open Espanha,Turismo

    Seguindo a tradição e o DNA do Blog que sempre teve uma pegada forte no enoturismo, trazendo não somente regiões clássicas e consagradas, mas também outras menos visitadas e exploradas, fomos para Toro que é uma denominação de origem (DO) localizada na província de Zamora na região de Castilla y León, no centro-oeste da Espanha.

    Obtido no Wikepedia

    Pela região de Castilla y León passa o rio Duero (o nosso velho conhecido rio que em Portugal se chama Douro) que possui tradição e relevância na elaboração de vinhos espanhóis. Nela estão localizadas diversas DOs, entre elas a mais famosa que é a DO Ribeira del Duero; a cult DO Bierzo com seus vinhos elaborados coma a casta Mencía (Jaen em Portugal); a DO Rueda especializada em vinhos brancos (Verdejo e Sauvignon Blanc); e a DO Toro que produz vinhos de alta qualidade, mas durante muito tempo viveu na sombra da sua famosa “vizinha” DO Ribeira del Duero.

    O pacato e majestoso Duero

    Uma boa cidade para se utilizar como base para  explorar a região é  Zamora, que fica a cerca de 30 minutos de Toro. Partimos  inicialmente de Bragança, em Portugal, que fica a cerca de de 1 hora e 15 minutos de Zamora.

    A Ruta del Vino de Toro facilita a vida dos que pretendem  explorar a região

    Toro alcançou status de Denominação de Origem devidamente regulamentada com a criação do seu conselho regulador em 1987, entretanto sua história remonta de antes dos romanos chegarem na Península Ibérica, passando pela idade média quando era um dos poucos vinhos a ter privilégios da realeza para sua comercialização, até virem para o novo mundo nas caravelas de Cristóvão Colombo!

    obtido no site da DO Toro

    Na DO Toro são elaborados vinhos tintos, brancos e rosés. Como na Espanha o uso de barricas de carvalho é coisa muito séria e regulamentada, na DO Toro não poderia ser diferente.  Assim, os tintos podem ser elaborados com a Tinta de Toro (como é chamada a Tempranillo em Toro) e/ou  Garnacha, podendo ser classificados conforme o estágio em barrica como:

    • Joven: sem passagem por barrica, recebendo apenas o selo de Tinto Toro
    • Tinto Roble: cabe ao produtor decidir quanto tempo envelhecerá em barrica e na garrafa
    • Crianza: 2 anos de envelhecimento sendo pelo menos 6 meses em madeira
    • Reserva: 3 anos de envelhecimento sendo pelo menos 12 meses em madeira
    • Gran Reserva: 5 anos de envelhecimento sendo pelo menos 18 meses em madeira

    Para os vinhos brancos estão autorizadas as castas Verdejo, Malvasía Castellana, Albillo Real e Moscatel de Gran Menudo, sendo a passagem por madeira facultativa.

     

    E para os vinhos rosados o produtor pode utilizar qualquer das uvas permitidas, podendo mesclar tintas com brancas, e é facultativa a passagem por madeira.

    O centro histórico de Toro merece uma visita. Lá há diversas lojas e bares onde é possível degustar os vinhos da região. Recomendo almoçar na Vinacoteca La Esquina de Colás, que tem comida excelente, ampla oferta de vinhos da região em taça e fica bem localizado, na rua principal e em frente a Plaza Mayor.

    Os tintos que no dia estavam sendo vendidos por taça

     

    Excelente branco que bebemos no almoço

     

    Numanthia é um produtor de excelente qualidade da região e foi adquirido pelo grupo LVMH. Infelizmente não consegui visitá-los, pois faltou tempo para marcar com antecedência. Felizmente bebemos esta ampola no almoço em La Esquina de Colás!

     

    Diversas bodegas em Toro pertencem a produtores estrangeiros e espanhóis consagrados de outras regiões, como por exemplo Pintia (da Vega Sicilia de Ribeira del Duero),  San Román (da Mauro de Ribeira del Duero), Numanthia (LVMH), Campo Elíseo (Michel Rolland)…

    Estivemos em 2 bodegas: Valbusenda e Latarce.

    Valbusenda além de produziz vinho, possui um belo e moderno Hotel SPA com restaurante e Wine Bar. Vista lindíssima dos campos de girassóis. Vale muito uma passada por lá.

    Sempre bom abrir os trabalhos hidratando com um vinhozinho branco e foi o que fizemos.

     

    Depois finalizamos com um Reserva

    Na Bodega Latarce, matamos as saudades do excelente vinho branco que havíamos bebido no almoço e degustamos 2 vinhos tintos, ambos elaborados com 100% de Tinta de Toro, sendo um deles com 9 meses de passagem por madeira e o outro com 16 meses:

    Na lojinha da cidade onde comprei uns vinhos, o vendedor me ofereceu uma prova de um vinho Toro Joven:

     

    Toro é sem dúvida um lugar a se voltar com mais tempo. E é o que farei assim que tiver oportunidade…

     

     

    PÓS-CRÉDITOS (ou Epílogo para os mais velhos…rsrsrs)

    Alguns vinhos da DO Toro que passaram pela minha taça e me trazem ótimas recordações:

     

    Mais recentes Vernaccia di San Gimignano DOCG: surpreendentes vinhos brancos da Toscana!
    Mais velho/a Wine bars na Itália para curtir numa viagem por Florença, Roma e Veneza

    2 Comments

    Entre na discussão.

    • Djalma disse:
      10 de agosto de 2023 às 17:57

      Mais um artigo fabuloso do nosso amigo Fernando! Sempre de parabéns pelas experiências e ensinamento.

      Responder
      • Vinhos com Fernando Lima disse:
        11 de agosto de 2023 às 13:46

        Muito obrigado Djalma!!! Grande abraço para vcs!

        Responder

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