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    Vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais da França, Itália, Austrália e África do Sul!

    access_time Publicado em 31 de agosto de 2018
    update Atualizado em 31 de agosto de 2018
    perm_identity postado por Vinhos com Fernando Lima
    folder_open Austrália,Degustação,França,Itália,Orgânicos, Biodinâmicos e Naturais,Syrah,Vinho Laranja

    A WINES4U apresentou alguns dos seus rótulos num agradável jantar harmonizado realizado no restaurante Bazzar no Rio de Janeiro. A importadora trabalha somente com vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais que são cuidadosamente escolhidos pelo seu proprietário, Andrew Crawford.

     

    As ampolas degustadas

    Andrew é um apaixonado pelos vinhos que são produzidos da maneira mais natural possível, tanto na vinha quanto na vinificação. Um verdadeiro winehunter, ele roda o mundo buscando trazer para seu portfólio vinhos de produção limitada e de pequenos produtores que sejam feitos com o mínimo de intervenção do homem na natureza. Segundo Andrew, ele procura vinhos que sejam bons, antes de tudo, mas que também se alinhem à filosofia e ao manejo orgânico, biodinâmico ou natural.

    Andrew Crawford apresentando os vinhos da WINES4U

    A crescente busca por alimentos mais naturais e saudáveis, bem como a conscientização por um mundo mais sustentável teve reflexo também no vinho. Certamente você já ouviu as expressões, “naturais”, “orgânicos” e “biodinâmicos” serem usadas em vinhos e, possivelmente, ficou em dúvida do que se tratava. Saiba que você não é o único.

    Então, o que são vinhos Orgânicos, Biodinâmicos e Naturais?

    Em linhas gerais:

    • Orgânico é uma denominação relacionada às práticas agrícolas utilizadas no vinhedo. O vinho orgânico é aquele obtido através de uvas que foram cultivadas organicamente, ou seja, por meio de uma agricultura que tem por filosofia lidar com o meio ambiente de uma forma menos agressiva. Assim, não se permite a utilização de produtos fabricados industrialmente, tais como, fertilizantes ou adubos químicos, que são absorvidos pela raiz e podem contaminar a planta e o solo. Estão fora também os defensivos agrícolas (pesticidas, inseticidas, herbicidas e fungicidas), empregados para eliminar as pragas que prejudicam a vinha.

     

    • A viticultura biodinâmica vai além da orgânica, pois além de seguir os mesmos preceitos desta, os produtores se baseiam no calendário lunar, já que acreditam que o desenvolvimento dos seus vinhedos é influenciado pelos astros (posição da lua e do sol) que determinam a melhor época para plantio, poda e colheita. Respeitando o ritmo natural do solo e parreirais, os frutos gerados são de melhor qualidade. Os princípios da biodinâmica foram definidos em 1924 por Rudolf Steiner, filósofo e cientista austríaco, que estudou a interligação entre o homem, as plantas, a Terra e o cosmos. Além disso, a produção biodinâmica utiliza preparos naturais nas suas parreiras para estimulá-las, tais como, chifres de vaca recheados de estrume que são enterrados no solo, do equinócio de outono até a primavera, para fazer com que as raízes da vinha desçam mais profundamente no solo e fiquem mais resistentes. Utilizam também chifres de vaca recheados com silício, que são enterrados no verão para estimular a frutificação. O conteúdo desses preparados é diluído aos poucos no solo, lembrando procedimentos da homeopatia.

     

    • Os vinhos “naturais” são aqueles obtidos sem nenhuma intervenção no solo, nem na vinha. Também não é adicionado nenhum elemento ao mosto fermentado nem ao vinho, utilizam-se leveduras selvagens e normalmente o vinho apresenta turbidez e partículas em suspensão, pois as leveduras, em geral, não são retiradas. Esses vinhos buscam a expressão pura do seu terroir.

    Agora, vamos aos vinhos da WINE4U degustados!

    Acompanharam o jantar  8 vinhos: 1 espumante, 3 brancos, 2 tintos, 1 laranja e 1 vinho de sobremesa. Vinhos provenientes da França, Itália, África do Sul e Austrália, terra natal de Andrew, que apresentou  cada vinho na sequência que eram servidos. Ele pessoalmente buscou estes vinhos diretamente junto aos seus produtores, visitando suas vinícolas, ouvindo suas histórias e conhecendo suas práticas.

     

    Crémant de Bourgogne Domaine du Vissoux

    Os convidados foram recebidos com o agradável espumante da Borgonha, elaborado com 100% de chardonnay. Possui acidez agradável, equilíbrio e discreta perlage. Crémant é como são chamados os espumantes produzidos na França fora da região de Champangne. Os meus crémants preferidos são da Alsácia e da Borgonha.

     

    Leucone Basilicata Bianco IGT 2016 da Cantine Madonna delle Grazie

    O surpreendente branco Leucone Basilicata acompanhou os irresistíveis pães do Bazzar. Produzido pela Cantine Madonna delle Grazie, trata-se de um vinho com gostosa acidez e mineralidade típicas do sul da Itália. Apresentou agradáveis notas cítricas e discreta flor. É um blanc de noir, ou seja, um branco vinificado a partir de uva tinta, sem contato com a casca, no caso 100% aglianico del vuture, cultivada de acordo com os preceitos da cultura orgânica. Foi o branco que mais gostei e um dos meus preferidos da noite. Possui ótima relação custo/benefício.

     

    L’Echenault de Serre Mâcon-Chardonnay 2015 da Domaine des Crêts

    C16 Langhe Bianco DOC 2016 da Fletcher Wines

    Dois vinhos com expressões bem distintas da casta chardonnay, um da Itália e o outro da França foram os brancos escolhidos para acompanhar as entradas:

    • L’Echenault de Serre Mâcon-Chardonnay 2015: Produzido na reonomada AOC francesa que goza de alta reputação por seus maravilhosos chardonnays. A vinícola utiliza práticas orgânicas e biodinâmicas.  Este vinho possui médio corpo, agradável acidez e gostosa untuosidade. Impossível  não agradar!
    • C16 Langhe Bianco DOC 2016. Notas de frutas cítricas discretas. É menos complexo que o vinho anterior. A vinícola funciona numa antiga estação de trem em Barbaresco e o manejo de suas vinhas segue os preceitos orgânicos.

    Estate Pinot Noir 2015 da Hoddles Creek Estate

    Brézême 2014 de Domaine de Pergaud

    • Estate Pinot Noir 2015. Agradável e despretensioso pinot australiano, cujos vinhedos estão localizados na região fria do Yarra Valley, tal qual a minha amada, difícil e temperamental pinot gosta. Notas de frutas vermelhas intensas. É um vinho leve, descompromissado e fácil de beber.  Saiba mais sobre expressões da pinot fora da Borgonha clicando AQUI.
    • Brézême 2014. 100% Syrah, proveniente da AOC Côtes-du-Rhône. Vinhedos possuem certificação orgânica e a vinificação deste foi feita de forma natural, resultando num vinho complexo e de certa forma intrigante. Não é para iniciantes. Apresentou notas vegetais,  sous bois  e pelica. Foi devidamente decantado antes de ser servido.

     

    Pithos Bianco DOC 2015 da Azienda Agricola COS

    Este também foi um dos meus preferidos da noite! E não poderia ser diferente, pois trata-se de um bom  vinho laranja, estilo que aprecio muito. Vinhos Laranjas são os vinhos feitos com uvas brancas mas vinificados como os tintos, ou seja, entram em contato com a casca da uva durante sua produção.  Saiba mais sobre eles clicando AQUI.

    O Pithos Bianco DOC 2015 é produzido na Sicília pela COS, vinícola de porte maior que a dos outros vinhos apresentados no jantar. É produzido em ânforas de barro e com contato com a casaca da uva, resultando numa bela e apaixonante coloração laranja.

    Produzido  100% com a casta  grecanico,  proveniente de vinhas em cultivo biodinâmico. É complexo, possui boa acidez e notas de frutos maduros, damasco e pêssego bem discreto. Foi decantado antes de servido. Não é um vinho para iniciantes.

    Straw Mullineux 2016 da Mullineux & Leeu Family Wines

    Vinho branco de sobremesa composto de 100% Chenin Blanc proveniente de vinhas orgânicas da região de Swartland na Africa do Sul.  As uvas são colhidas no período de maturação normal e são deixadas para secar e concentrar açúcares em esteiras de palha. O vinho é um nectar com bom equilíbrio entre doçura e acidez.  A conceituada crítica inglesa Jancis Robinson o descreveu como “um formidável Tokaji da Hungria”.  Casamento perfeito com o queijo azul servido ao final.

     

    A WINES4U fez uma ótima seleção, apresentando rótulos muito interessantes, alinhados com  sua filosofia de trazer bons vinhos (orgânicos, biodinâmicos ou naturais) por preços bem competitivos.

     

    Os vinhos degustados no jantar.

     

    Os saborosos pratos do Bazzar

     

    Os irresistíveis pães do Bazzar

     

     

     

     

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