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    Leone di Venezia e suas castas italianas na Serra Catarinense

    access_time Publicado em 8 de setembro de 2021
    update Atualizado em 9 de setembro de 2021
    perm_identity postado por Vinhos com Fernando Lima
    folder_open Brasil,Turismo,Vinícolas

    A Leone di Venezia é uma vinícola que consegue com sucesso elaborar na Serra Catarinense vinhos de qualidade utilizando somente castas italianas. Em poucos hectares, numa altitude de cerca de 1.280 metros, após vários anos de testes, cultiva e vinifica as uvas brancas: garganega, grechetto, gewurztraminer, vermentino e verdello; além das tintas: aglianico, corvina, molinara, montepulciano, refosco, rebo, rondinella, sangiovese e primitivo.  É ou não é uma verdadeira especialista em castas italianas?

    O proprietário Saul Bianco sempre teve uma forte ligação com a vitivinicultura. Sua família é originária do Vêneto, seu pai elaborava vinho e seu avô produzia pipas e barricas. Saul, formado em agronomia, depois de atuar 32 anos na área em uma multinacional, para nossa felicidade, resolve retomar o velho sonho de produzir vinhos, continuando a tradição da família. Após aposentar-se, cursa enologia junto ao Veneto Agricoltura, Centro Regional para a Viticultura e Enologia, em Conegliano (Treviso) para enfim implantar vinhedos e cantina em São Joaquim-SC.

    As raízes italianas se evidenciam logo no nome da vinícola que é uma referência ao Leão Alado de São Marcos,  símbolo de Veneza capital do Vêneto,  que está presente inclusive na bandeira da região sendo uma  homenagem a origem e história da família Bianco, bem como a passagem de Saul pela região.

    A Itália também está presente na arquitetura da vinícola, inspirada no palácio italiano Villa di Maser (Treviso/Vêneto), uma obra prima de Andrea Paládio (1490- 1572) e local por onde Saul costumava passear com sua esposa Alcinita no período em que estavam na Itália.

    As instalações da vinícola foram projetadas para maximizar o aproveitamento da gravidade e das condições climáticas extremas da região, permitindo aquecimento natural em setores que necessitam de mais calor, para a realização da fermentação malolática por exemplo; e uma câmara mais fria, ideal para fermentações dos vinhos brancos e estabilização tartárica. Só para lembrar:

    • fermentação malolática é a conversão, através da ação de bactérias, do ácido málico presente na uva (que tem maior acidez), em ácido láctico que é menos ácido. E temperaturas mais baixas inibem a fermentação malolática.
    • estabilização tartárica ocorre em temperaturas mais baixas e tem a finalidade de eliminar os indesejáveis cristais (sais de tartaratos) que, apesar de inócuos e insípidos, não são desejados pela maioria dos consumidores. A estabilização evita que os sais se formem quando o vinho estiver já engarrafado.

    E foi justamente pela câmara fria que iniciamos nosso tour, acompanhados da enóloga Maikely Paim.

    Gewurztraminer na companhia de Maikely e Saul: hidratação melhor não há!

    Na câmara fria degustamos diretamente do tanque um  aromático e prontíssimo  gewurztraminer 2021 e o mais complexo e igualmente fresco Rialto, que é um corte de grechetto, vermentino, verdello e gewurztarminer. Ambos velhos conhecidos, já tendo inclusive levado o Rialto de outras safras à praia:

    No tanque degustamos também o primitivo e o rebo, ambos da safra 2020. Vinhos que prometem, principalmente após um passar tempinho mais estagiando no tanque e/ou garrafa!

    O que já estava muito bom, ficou ainda melhor na sala de barricas.  Começando pelo branco garganega, uva originária do Vêneto, onde é utilizada na elaboração dos vinhos da DOCG Soave. O garganega da Leone é fermentado em barricas de carvalho, onde permanece por 4-6 meses em contato com as leveduras adquirindo complexidade, corpo e sabor, dando uma sensação de boca mais rica e redonda.

    Garganega diretamente da barrica. Excelente textura e sabor!

    Ainda na sala de barrricas degustamos o Refosco dal Peduncolo Rosso 2019, casta pouco cultivada até mesmo na sua origem, que gera vinhos bem encorpados e complexos, que já estava estagiando há 25 meses. Em seguida, numa “mini vertical” degustamos o Mastino 2019 e 2020, que sou fã desde que conheci o 2016. Trata-se de um grande exemplar da montepulciano, não devendo nada aos seus primos de Abruzzo (saiba mais clicando AQUI).

    Não poderíamos deixar de conferir o querido laranja Oro Vecchio e lá tive a oportunidade de conhecer sua versão barricada que faz estágio de 4 meses em carvalho. Todos os dois estilos são muito interessantes. Saiba mais sobre vinhos laranja clicando AQUI.

    A apaixonante coloração laranja do Oro Vecchio Barricado!

    Uma agradável surpresa foi o Piccole Opere 2020, que como o nome diz é uma pequena obra elaborada com vermentino e verdello que faz estágio de 3 meses em madeira. Foram apenas 448 garrafas!

    E no belo cenário abaixo, perfeitamente bem integrado à paisagem do Monte Agudo e do vale do rio Antonina, degustamos ainda o Passione 2019, que está em barrica há mais de 24 meses. Trata-se de um “amarone serrano” elaborado com a clássica formação do poderoso vinho passificado do Vêneto: corvina, rondinella e molinara!

     

    Rótulos disponíveis para venda e ao fundo fotos da família Bianco que em breve fará parte de um museu!

    A Leone de Venezia elabora vinhos originais que refletem uma maravilhosa expressão das castas italianas na Serra Catarinense!  E vem por aí um “Super Serrano” que será um esperado sangiovese cortado com castas francesas, elaborado em parceria com a Villaggio Bassetti e a Villaggio Conti…

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