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    O Vinho Rosé pelo mundo!

    access_time Publicado em 13 de agosto de 2020
    update Atualizado em 13 de agosto de 2020
    perm_identity postado por Vinhos com Fernando Lima
    folder_open Argentina,Brasil,Chile,Curiosidades/Entretenimento,Portugal,Produção,Rose,Vinificação

    Rosé é aquele vinho que não é branco nem tinto, mas apresenta características dos dois. Possui a acidez e o frescor dos vinhos brancos, mas também notas de flores e frutas vermelhas que nos remetem aos tintos e, tais quais estes últimos, contêm taninos, mesmo que em concentrações mais baixas. E a bela cor? Pode estar mais próxima do vinho branco ou mais para o tinto. O vinho rosé possui uma coloração apaixonante que vai desde o rosa bem pálido até tonalidades mais alaranjadas, passando por salmão e cobre.

     

    Sabemos que o que dá cor ao vinho é a casca (pele) da uva tinta, ou seja, o contato com a pele da uva durante sua elaboração. Assim, os rosés são elaborados com uvas tintas, mas passam por breve contato pelicular que pode ser antes ou durante a fermentação.  A variação de tonalidade de sua coloração se deve ao tempo em que a casca da uva é mantida em contato com o líquido e aos processos de elaboração do vinho. Resumidamente pode-se obter vinhos rosés das seguintes formas:

    • Prensagem direta: As uvas tintas são esmagadas e prensadas como na produção de vinhos brancos, mas são  separadas logo de suas peles. Extrai-se muito pouca cor e a vinificação segue tal qual a dos vinhos brancos.
    • Maceração curta: As uvas tintas são esmagadas e suas cascas ficam em contato com o líquido, macerando, geralmente por algumas poucas horas e, em seguida, as cascas são separadas (descuba) e as demais fases da produção são semelhantes às do vinho branco.
    • Sangria: O método se inicia similar à produção de vinhos tintos, ou seja a fermentação se dá com contato pelicular. Só que quando inicia a fermentação, ou seja as leveduras começam a transformar o açúcar da uva em álcool, uma parte do líquido (sem as cascas) é retirada para a elaboração do rosé. O restante continua o processo de fermentação em contato com as cascas para obter-se ao final vinho tinto. Ou seja, sangra-se uma parte do líquido logo após o início da fermentação para obter rosé, e o restante (líquido e cascas) continua fermentando e segue o fluxo de elaboração de vinho tinto que será mais concentrado.
    • Mistura: Mistura-se vinho branco com tinto. Método menos utilizado, e alguns enólogos dizem que a mistura resulta num rosé de qualidade inferior. Entretanto, é o método utilizado para a elaboração do vinho base dos Champanhes rosés.
    Os infográficos da Wine Folly são bem bacanas e nos ajudam a visualizar melhor o processo de sangria.

    DICAS ENOAMIGAS

    • Vinho rosé não fica melhor à medida que envelhece. O ideal é ser consumido nos seus 2-3 primeiros anos. Atenção ao ano da colheita indicado no rótulo.
    • Vinho rosé deve ser consumido ligeiramente fresco, entre 10-13 graus. Balde de gelo ou geladeira antes de ser servido ajudarão  na experiência.
    • Em geral,  o vinho rosé possui boa relação custo x benefício.
    • É ideal para aperitivos, início de trabalhos, recepções informais e para acompanhar comidas leves (saladas, pescados, frutos do mar, etc). Útil para as comidas onde um  tinto seria muito  e alguns vinhos brancos seriam pouco,  como por exemplo,  pratos de atum ou salmão e massas, dependendo do molho.

    A França é um dos países onde mais se consome vinhos rosé. Basta entrar na primavera que os europeus de um modo geral danam a beber rosé! Na França, gosto dos produzidos em Tavel e Lirac no Rhône, mas sem dúvida os da Provence são os mais conhecidos e possuem reputação mundial.  Conquistam até celebridades de Hollywood e do Rock’n’Roll que adquirem propriedades no sul da França para elaborar seus próprios rosés.

    Cameron Diaz é a mais nova produtora de rosé na Provence: Avaline

     

    Brad Pitt e Angelina Jolie, quando casados, também já foram proprietários do Chateau Miraval na Provence

     

    Bon Jovi e seu rosé Diving into Hampton Water, cuja safra 2017 ficou na 83ª posição da lista anual dos TOP 100 da Wine Spectator que neste ano continha apenas 2 vinhos rosés!

    Mas, vamos deixar a França para um post futuro, pois a proposta aqui é mostrar que há sim ótimas opções de vinhos rosés  elaborado em todo o mundo! Vamos conferi-las!

    ROSÉS NO BRASIL

    Infelizmente, por aqui o consumo de vinho rosé é muito baixo. Uma pena, pois são bem adequados para o nosso clima e produzimos vinhos da mais alta qualidade em todo o nosso país: RS, SC, SP, MG…  Dá para ficar no rosé brazuca tranquilamente e ser muito feliz!

    O premiado Rosé Seleção da Miolo, que possui ótima relação custo x benefício, é produzido na Campanha Gaúcha. Foi o campeão da Grande Prova de Vinhos do Brasil 2019 e também recebeu medalha de ouro na ViniBraExpo 2019, ficando no Top 10 dos rosés  participantes do evento.

     

    O agradável Fausto da Pizzato é elaborado na Serra Gaúcha com a merlot, uva que é a especialidade do produtor! Vinho que mantém a qualidade a cada safra. Acima algumas ampolas que degustei, do 2018  ao fresquíssimo 2020, passando pela premiada safra 2019 que recebeu também medalha de ouro na última edição da ViniBraExpo, ficando no Top10 dos rosés  participantes do evento

     

    Outros interessantes brazucas que passaram pela minha taça, vinhos da Serra e Campanha Gaúcha, SC e até SP. Entre eles destaco o da Valmarino elaborado com cabernet franc em Pinto Bandeira; e o da Vallontano elaborado com a tempranillo.

     

    ARGENTINA

    Na Argentina normalmente os rosés são elaborados com a malbec e os hermanos possuem ótimos exemplares:

    Destaque para os elaborados pela Susana Balbo, tanto o Signature quanto o Crios, sua linha de entrada. O Humberto Canale é elaborado na Patagonia

     

    CHILE

    Boas opções também são produzidas no Chile. Abaixo dois que considero bem originais e de alta qualidade:

    Sucesor Romano, elaborado com carignan e a pouco conhecida e rara cesar noir, uva ancestral cultivada no norte da Borgonha pelos romanos. E o Montes Cherub, vinho premium elaborado com Syrah.

     

    PORTUGAL

    Em Portugal também são elaborados rosés em todas as regiões produtoras do país, de norte a sul, ou seja,  desde a Região dos Vinhos Verdes até o Alentejo. São elaborados rosés varietais (os monocastas, como chamam por lá) ou com cortes de diversas uvas, que em Portugal se diz que são vinhos de lote.

    Interessantes rosés que bebi recentemente, entre eles o Quinta da Alorna elaborado com touriga nacional e o Cabriz produzido no Dão.

     

    O Monte da Peceguina da Herdade da Malhadinha Nova no Alentejo a cada safra troca de rótulo, sendo todos desenhados pelas crianças dos proprietários

     

    ITÁLIA

    São também produzidos em todo o país com as mais variadas castas. Abaixo algumas boas experiências que tive, principalmente com os sicilianos:

     

    ESTADOS UNIDOS

    Na Califórnia bebi bons rosés das mais variadas castas. Lembrando que White Zinfandel é vinho rosé, ou seja,  não tem nada de white.

    3 bons rosés elaborados em regiões (AVA) diferentes e com uvas diversas

     

    ROSÉS PELO MUNDO

    Abaixo mais alguns que me trazem boas lembranças, elaborados nos mais variados países: Espanha, Grécia, República Tcheca,  Eslovênia e África do Sul. Aliás, a Espanha produz muitos e  ótimos rosés, sendo que o país  Ibérico está bem representado pelo 1º vinho do quadro abaixo que conheci graças a amiga Sommelier Tita Moraes: 99 Rosas que é um vinho orgânico com uma boa relação custo x benefício.

    Mas e a França? Como disse,  ficará para outro post, mas para não deixar os francófilos tristes, seguem duas boas dicas que encontramos por aqui no Brasil e são BBB, com destaque para o Eléphant Rose:

     

    Assim, na próxima vez que pensar em abrir uma ampola, que tal incluir também o Rosé como opção?

     

     

     

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