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    Rolha: cobrar ou não cobrar, eis a questão! Veja alguns lugares que não cobram!

    access_time Publicado em 30 de agosto de 2016
    update Atualizado em 3 de agosto de 2018
    perm_identity postado por Vinhos com Fernando Lima
    folder_open Bar/Restaurante,RWFF

    11 taxa de rolha

    O tema é dos mais polêmicos e controversos entre os apreciadores de vinho, sommeliers, donos de restaurantes e seus clientes. Provoca calorosas discussões, com bons argumentos de ambos os lados, por isso acho que sempre vale a pena ser analisado com critério.   A taxa de rolha é o valor cobrado, pelos bares e restaurantes, dos clientes que trazem suas próprias bebidas, normalmente vinho ou uísque. Para cada garrafa que o estabelecimento abre, ou seja, “saca a rolha”, é cobrado um valor. Daí a origem do seu nome.

    A grande maioria dos restaurantes permite que o cliente leve seu próprio vinho para acompanhar os pratos do cardápio e cobra a rolha. A alegação é que o objetivo da taxa é cobrar pelo “serviço do vinho”, que compreende deixar na temperatura correta (caso não tenha chegado nessas condições), fornecer balde de gelo (para espumantes e brancos), servir em taças adequadas e decantar, quando necessário. Sabe-se que todo esse serviço demanda custos, investimentos e treinamento de pessoal, que justificariam a cobrança da taxa de rolha. Até aí, eu posso concordar, desde que seja um valor justo. O problema é quando são cobrados valores extorsivos.

    Há estabelecimentos que não cobram a taxa e, obviamente, estes são os que mais me agradam, mas infelizmente a minoria pratica esta simpática estratégia, capaz de cativar e fidelizar o cliente apreciador de vinhos. Já outros restaurantes adotam uma política interessante, na qual isentam a taxa de rolha, se algum vinho da sua carta for consumido. Dessa maneira, um grupo de amigos, ou até mesmo um casal, pode começar com um vinho do restaurante e depois partir para o vinho que tenham levado, pagando apenas a bebida consumida e sendo dispensados da taxa de rolha. Nesse caso, uma boa dica é escolher um espumante da casa para iniciar os trabalhos e depois continuar com o vinho trazido.

    Há um consenso de que alguns cuidados devem ser observados por aqueles que desejam aderir à prática de levar seus vinhos a restaurantes. Primeiramente, deve-se ligar para o local e perguntar se ele permite que o cliente leve seu próprio vinho. Em seguida, para evitar surpresas, pergunte se é cobrada a taxa de rolha e em caso positivo, qual o seu valor. Há possibilidade de negociação, mas lembre-se que o particular pode cobrar o quanto quiser, cabendo ao cliente decidir se aceita ou não. Tenha consciência de que a ideia não é passar num supermercado, comprar um vinho barato e levar. Mesmo sabendo que muitos estabelecimentos cobram margens abusivas sobre as bebidas, o propósito não é economizar e sim ter o prazer de apreciar um vinho diferenciado, com a comida do restaurante que lhe agrada. Jamais leve um rótulo que faça parte da carta do estabelecimento e sempre escolha um vinho compatível com o nível da carta e do lugar. Acho válido levar aquele vinho que você guardou para uma ocasião especial, ou que trouxe de uma viagem, etc. Analise se é justificado levar determinado vinho. Nunca apareça com vinhos simples que você bebe no seu dia-a-dia. Outra etiqueta importante é não abusar na quantidade de vinhos levados, principalmente no caso de isenção. Uma garrafa por casal considero adequado. Também é de bom tom oferecer o vinho ao profissional responsável pelo serviço. Fiquem tranquilos, que a quantidade que ele irá provar, se o fizer, será mínima! E por fim, também é justo deixar uma gorjeta a parte para o sommelier, já que, ao não consumir os vinhos da carta, ele deixou de ganhar os 10% relativos ao serviço que seria cobrado sobre o vinho consumido.

     A cobrança da taxa de rolha não é exclusiva dos estabelecimentos brasileiros, em inglês ela é chamada de corkage fee. Entretanto, uma prática cada vez mais comum nos bares e restaurantes lá fora é a BYOB (bring your own bottle), sigla criada nos EUA que significa “traga sua própria garrafa”. Na região de Napa e Sonoma Valley na Califórnia, diversos restaurantes não cobram do cliente que leva seu próprio vinho, desde que seja produzido na região. Em grandes cidades dos EUA, alguns estabelecimentos estipulam o dia da semana para  BYOB.  Na Austrália e Nova Zelândia também não é raro a prática da BYOB.

    image

    Na nossa cidade, vale a pena ficar ligado no Rio Rolha Zero que ocorre durante o tradicional Rio Wine & Food Festival, que a cada ano ganha mais força. Normalmente ocorre em agosto/setembro com a participação de diversos estabelecimentos.

    Também merece destaque a iniciativa da Mastercard que isenta o portador dos cartões Platinum e Black da cobrança da taxa de rolha nos restaurantes conveniados, desde que a conta seja paga com estes cartões, obviamente . Há diversos restaurantes participantes no Rio, São Paulo, Curitiba e Brasília.  Tenho ido ao Tragga no Rio e usufruído da promoção numa boa. No final deste post, relaciono  os restaurantes do Rio e SP participantes, mas aconselho sempre ligar antes para o estabelecimento e confirmar.

    Outra dica boa é o serviço de grande utilidade pública que meu amigo Oscar Daudt presta  ao relacionar em seu site os valores de taxa de rolha cobrados por estabelecimentos no Rio, São Paulo e Brasília. Mesmo não estando atualizados, serve como um bom indicativo. E alíás, já está na hora de uma atualizada, não é Oscar? Abaixo os links para os valores cobrados pelos restaurantes do  Rio e SP:

    http://www.enoeventos.com.br/201404/rolha/rolha.htm
    http://www.enoeventos.com.br/201404/rolhasp/rolhasp.htm

    Gosstaria de encerrar com um caso prático para reflexão. Certa vez, num dia de semana, liguei para um restaurante X para indagar a respeito da sua política de taxa de rolha. Disse que éramos um grupo de 8 pessoas, todos apreciadores de vinho, e que gostaríamos de levar umas garrafas. O valor da taxa de rolha que foi passado era absurdo. Ligamos para outro restaurante, o Y, que cobrou uma taxa amiga, que dividida pelos 8 do grupo, não foi nem sentida. De qual restaurante nos tornamos habitués? O X provavelmente ficou com 8 lugares vazios nesta noite. Será que para ele valeu a pena deixar de vender 4 entradas, 8 pratos principais, 4 sobremesas, 8 cafés e diversas águas numa quarta-feira? Não há nenhuma garantia que sentaria outro grupo na mesa e ainda que esta fosse ocupada naquele noite, poderia ser por clientes que só bebessem refrigerante, e não seriam vendidos vinhos da mesma maneira. Acho que mais inteligente foi a postura adotada pelo Y!

    E no mais, os requisitos fundamentais para os interessados em incorporar esse hábito são bom senso e educação.

    Restaurantes do RIO participantes da promoção do Mastercard mencionada neste post:

    Antiquarius

    Casa Momus

     Cipriani

    Corrientes 348

    Don Pascual,

    Esch Café

    Espaço Don

    Fasano Al Mare

    Gero Barra

    Gero Ipanema

    L´Etoile

    Margutta Ipanema

    MEE

    Miam Miam

    Oui Oui

    P.F.Chang´s

    Pérgula

    Quadrucci

    Riso Bistrô

    Roberta Sudbrack

    Rubaiyat Rio

    Serafina

    Tem Kai

    Tragga

    Restaurantes de SP participantes da promoção do Mastercard mencionada neste post:

    A casa do Porco

    A Figueira Rubaiyat

    Antiquarius

    Attimo

    Bistrô Charlô

    Bossa

    Café Journal

    Casa de Gralhados

    Clos

    Corrientes 348

    Fleming’s

    Italy

    KAÁ

    L´Amité

    Le Bife

    Le Bilbouquet

    Maní

    Marcel Restaurant

    Ninno Cucina e Vinho

    Ovo e Uva

    P.F.Chang´s

    Pizzaria Speranza

    Quattrino

    Restauantes do Grupo Fasano

    Rubaiyat São Paulo

    Ruella

    SAJ

    Serafina

    Taberna da Esquina

    Templo da Carne

    Terraço Itália

    Tony Roma’s

    TUJU

    Vinheria Percussi

    Este tema é uma atualização do que escrevi na  coluna Boas Taças publicada no Jornal Carioca O Sol em 21/08/2015.

    Saiba mais sobre o tema lendo o post:

    • 20 restaurantes no Rio que não cobram Taxa de Rolha!

     

    Mais recentes Ótimos cabernets na faixa de 10 dólares nos EUA.
    Mais velho/a Tokaji e os vinhos húngaros!

    3 Comments

    Entre na discussão.

    • J. Angelo Machado disse:
      14 de setembro de 2016 às 20:44

      Mestre Fernando,

      esta atualização do sempre interessante tema “Taxa de Rolha” ficou ótima. Agora vou passar a prestar atenção nos BYOB’s quando for viajar para as terras do Tio Sam!

      Congratulações pelo blog que para mim passou a ser de passagem obrigatória há tempos!

      Responder
      • Vinhos com Fernando Lima disse:
        15 de setembro de 2016 às 13:50

        Grande Angelo

        Muito Obrigado! Que bom que vc gostou do post! Fico feliz. Passe sempre por aqui! Abs.

        Responder
    • Vinheria Percussi (@Percussi) disse:
      31 de agosto de 2016 às 18:09

      Olá, Fernando

      Você e seus leitores são muito bem-vindos na Vinheria!

      Até lá e um abraço 🙂

      Responder

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