O mundo do vinho sempre me surpreende! Estava na belíssima Praga e no primeiro dia, logo após visitar o Castelo de Praga, localizado no alto da colina de Hradcany, tive a grata surpresa de me deparar com uma feira de vinhos que estava sendo realizada no jardim, na lateral do castelo. Nem no meus melhores enosonhos poderia imaginar programa melhor para um belo final de tarde: Vinhos de Praga!

 A feira era muito bem organizada. Logo na entrada eram adquiridas fichas no valor de 1,00 euro cada, que eram trocadas pelos vinhos. Os produtores ficavam em barraquinhas expondo seus vinhos e cada taça custava entre 3-6 euros, dependendo do vinho. As fichas também podiam ser trocadas por garrafas. Não podia circular dinheiro na feira e uma taça de cristal era oferecida mediante caução de 10 euros. Não era cobrada a entrada e a taça de cristal era opcional, havendo a possibilidade de utilizar taças de plástico gratuitas.

A feira  possuía dezenas de expositores que na sua imensa maioria apresentavam vinhos brancos, todos  produzidos no vinhedo de São Venceslau, tido como o  mais antigo da República Tcheca e conforme a lenda, plantado pelo próprio santo.  O vinhedo é um dos poucos localizados na região da Bohemia, já que a principal região vinícola do país é a Morávia.

O forte da República Tcheca são os vinhos brancos e as uvas mais plantadas são a müller-thurgau, muito conhecida na Alemanha; e a  veltlínské zelené, que é a gruner-veltiner, estrela da Aústria. Também são muito cultivadas as castas ryzlink rýnský (riesling), rulandské bílé (pinot blanc), rulandské šedé (pinot gris) e  tramín červený (gewurztraminer),  além das internacionalíssimas chardonnay e sauvignon blanc. Entre as tintas, as mais  cultivadas são a svatovavřinecké (saint laurent), a frankovka (blaufrankisch), a rulandské modré (pinot noir) e a cabernet sauvignon.

Abaixo, algumas das ampolas que degustei na feira, com exceção da primeira, que foi um tinto muito interessante, com estágio em madeira, da uva frankovka, produzida na região da  Morávia, que bebi no jantar do dia seguinte.

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O Vale do Wachau, os brancos e tintos da Áustria.

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