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    Você conhece o VIGNO e a Carignan no Chile?

    access_time Publicado em 10 de junho de 2021
    update Atualizado em 18 de maio de 2023
    perm_identity postado por Vinhos com Fernando Lima
    folder_open Chile

    Há tempos que gostaria de escrever sobre a turma do VIGNO e a carignan no Chile, mas somente agora, possivelmente motivado pela ampola abaixo que abri nesta semana, finalmente pus em prática!

    VIGNO que bebi recentemente

    Antes de falarmos da galera do movimento VIGNO, vamos relembrar que a uva carignan é supostamente originária de Aragón na Espanha e se expandiu por todo o Mediterrâneo, sendo amplamente cultivada no sul da França, especialmente na região de Languedoc-Roussillon onde é muito utilizada em cortes com a cinsault e/ou grenache. É bastante cultivada na Espanha, onde é chamada de cariñena, exercendo papel relevante nos cortes das DOCa (Denominación de Origen Calificada) Priorat e DOCa Rioja, sendo que nesta última região é mais conhecida como mazuelo.  Também aparece grifada como carignane na Califórnia e carignano na Itália (Lazio e Sardenha).  É uma casta que possui bons níveis de taninos, acidez e cor, exercendo assim papel relevante nos cortes que participa.

     

    A produção de carignan chilena a nível mundial é extremamente pequena, conforme podemos visualizar através deste bacana infográfico da Wine Folly, representando aproximadamente apenas 1% do total mundial cultivado.

     

    A carignan foi trazida para o Chile pelos espanhóis há séculos, mas o resgate desta casta é recente, contando com pouco mais de uma década. As videiras de carignan preferem clima seco e quente. Os vinhedos mais antigos no Chile estão localizados majoritariamente no Vale do Maule, situado a cerca de 250 km ao sul da capital Santiago, onde as vinhas se desenvolvem com muita exposição solar e sem irrigação.

    Fonte: Wines of Chile

    A produção de vinhos elaborados com a uva carignan no Chile é muito pequena, são cerca de 851 hectares, segundo o Servicio Agrícola y Ganadero (SAG), ou seja, ínfimo se comparamos com as 4 tintas mais cultivadas no país: cabernet sauvignon (+ de 40.000 ha) , merlot (+ de 11.000 ha), carménère (+ de 10.000 ha) e syrah (+ de 7.000 hectares ha). Entretanto, os vinhos elaborados com a carignan no Chile têm feito barulho e chamado a atenção pela sua qualidade, originalidade e principalmente devido ao trabalho consistente desenvolvido pelo grupo VIGNO (Vignadores del Carignan).

     

     

    VIGNO (Vignadores de Carrignan) foi criado em 2010 por um grupo de produtores (atualmente são 16) que atuam de forma conjunta para preservar esta herança vitivinícola da carignan chilena e consolidar-se como marca no mercado associada a vinhos de qualidade que refletem a expressão da casta no terroir do Maule.

     

    Os 16 produtores (Viñas) do grupo VIGNO. Fonte: site do Vigno

    Para poder colocar a palavra VIGNO em um rótulo devem ser cumpridas algumas regras, tais como:

    • conter no mínimo 85% de carignan
    • envelhecimento mínimo de 24 meses que pode ser em garrafa, madeira ou inox
    • uvas devem ser provenientes de vinhedos do vale do Maule com mais de 30 anos de idade e sem irrigação (secano)
    Foto obtida no site VIGNO

     

    A ideia é que VIGNO defina vinhos de qualidade com características únicas que refletem a tipicidade da carignan e seu terroir, tal qual ocorre nas principais denominações de origem europeias.

    Algumas das ampolas  VIGNO que já passaram pela minha taça e trazem recordações muito boas:

     

    Há também muitas outras opções off VIGNO para curtir a carignan chilena, conforme as ampolas abaixo que também me proporcionaram agradáveis experiências:

     

    • Destaque para o original e premiado Villa Lobos elaborado no vale do Colchagua, pela Viñedo Silvestre  que somente  possui vinhas tratadas de maneira artesanal, nas quais as uvas crescem de maneira natural e selvagem, sem poda ou aplicação de produtos químicos.
    • ODFJELL é membro da VIGNO, mas também produz o carignan da linha Orzada fora do projeto. Ambos interessantes.

     

    O vinho chileno é o mais consumido no Brasil e nos oferece amplo leque de opções que incluem consagrados cabernets, os velhos conhecidos carménères, incríveis pinots, vibrantes sauvignon blancs e iniciativas surpreendentes como o VIGNO, Novo Chile (já comentado no blog) e MOVI. Este último também na fila como tema para um futuro post…

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    EPÍLOGO

    Degustação às cegas que fizemos na ABS-Rio no nosso Grupo de Degustação com 3 exemplares da casta em países diferentes: Itália (Sardenha), Espanha (Priorat) e Chile (Maule). Todos TOP:

    .:

     

     

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    6 Comments

    Entre na discussão.

    • Fred FJ disse:
      13 de junho de 2021 às 04:52

      Muito bom Fernando! Com certeza vamos experimentar!

      Responder
      • Vinhos com Fernando Lima disse:
        13 de junho de 2021 às 16:10

        Vcs vão gostar!!!! Grande abraço.

        Responder
    • José Ribamar B. Chehebe disse:
      10 de junho de 2021 às 16:40

      Gostei muito da postagem Fernando. Bem estruturada e com muito conhecimento.
      Abs
      Ribamar

      Responder
      • Vinhos com Fernando Lima disse:
        10 de junho de 2021 às 18:28

        Obrigado Ribamar, bom saber que vc gostou. Grande abraço.

        Responder
    • Weyler Lima disse:
      10 de junho de 2021 às 15:44

      Excelente postagem, Fernando! Muito clara e instrutiva!
      Eu adoro os vinhos da VIGNO, que são sempre muito bem elaborados e têm uma ótima relação qualidade preço, sendo um boa opção de diversificação de estilos de vinhos à disposição dos enófilos.

      Responder
      • Vinhos com Fernando Lima disse:
        10 de junho de 2021 às 16:27

        Que legal, Weyler. Fico feliz que tenha gostado. É exatamente isso: uma boa opção de diversificação de estilos de vinhos, Grande abraço.

        Responder

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