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    Degustação das expressões da Pinot Noir pelo mundo!

    access_time Publicado em 17 de outubro de 2018
    update Atualizado em 17 de outubro de 2018
    perm_identity postado por Vinhos com Fernando Lima
    folder_open Argentina,Brasil,Chile,Degustação,Estados Unidos,França,Nova Zelândia,Orgânicos, Biodinâmicos e Naturais,Pinot Noir

    Tive o prazer e a grande oportunidade de participar de uma super degustação de diversas expressões da pinot noir pelo mundo.  A degustação teve a curadoria do especialista  Jorge Silva Jr. que, como eu, também cursou Wine Business na FGV/RJ e foi meu colega de turma no WSET2 (Wine & Spirit Education Trust).  Jorge contou ainda com a “consultoria” de um amigo que temos em comum que é grande conhecedor de vinhos e veterano no eno-cenário carioca, Tom Meirelles.  Ou seja, só escolheram coisa muito boa!

    As ampolas!

    Sou um fã confesso da pinot noir, aquela casta de pele fina que gosta de clima frio e necessita de carinho e atenção.  É difícil e temperamental, porém sedutora e irresistível! Assim, quando fui convidado e soube do tema e dos vinhos que seriam degustados, topei na hora!

    A harmonização e o serviço de primeira  ficaram por conta do sommelier Efraim Moraes.

    Efraim e seus criativos pratos para acompanhar os Pinots

    A seleção foi bem representativa, abrangendo diversos terroirs nos quais a pinot vem se expressando maravilhosamente bem e alcançando reputação devido a qualidade e consistência de seus vinhos. Assim, havia ampolas do Chile, Argentina, Nova Zelândia, Estados Unidos e claro, da França, berço da casta.  O Brasil também estava lá e fez bonito!

    • 🇨🇱 Vale de Casablanca
    • 🇦🇷  Patagônia (Rio Negro)
    • 🇺🇸 Willamette Valley (Oregon) e Los Carneros (Califórnia)
    • 🇧🇷 Nova Pádua (RS)
    • 🇫🇷 Borgonha (Nuits-St-Georges)
    • 🇳🇿 Wairarapa (Martinborough)

    Dos vinhos acima, eu ainda não tinha degustado o brasileiro Serena nem o neozelandês Schubert.

    Então, sem mais delongas, vamos aos vinhos!

    As ampolas no início da degustação.

     

    1) Chacra Treinta y Dos 2014

    A Bodega Chacra, localizada na província de Rio Negro na Patagônia Argentina, é especializada em pinots e prima pela alta qualidade de seus vinhos. Possui em seu portfólios 3 excelentes rótulos: Treinta y Dos (32), Cincuenta y Cinco (55) e o Barda.  O Barda é o seu vinho de entrada, é menos complexo e possui uma excelente relação qualidade x preço, por isso sempre que vou à Argentina , trago um na sacola!

    Para os curiosos:

    • Os nomes dos vinhos, 32 e 55,  referem-se ao ano  em que foram plantadas as vinhas 1932 e 1955, não são referência a parcelas do vinhedo; e
    • Chacra é como se chama na Argentina uma pequena propriedade rural, não tendo nenhuma relação com os centros energéticos do corpo.

    Degustamos o Treinta y Dos (32) que é o topo de gama da Chacra. Passa 18 meses em barricas de carvalho francês.  É persistente, possui médio corpo e apresentou notas de frutas vermelhas discretas e leve toque defumado.  A Chacra segue os preceitos da cultura orgânica e biodinâmica.

    Mais info sobre a pinot na Patagônia, clique AQUI.

     

    2) Ocio 2013

    Ocio é o pinot noir ícone da Viña Cono Sur.  Suas uvas são provenientes do vale de Casablanca,  situado entre o Pacífico e a Cordilheira dos Andes,  que possui um clima mais fresco e características ideais para o cultivo da Pinot.  As uvas brancas de Casablanca também gozam de boa reputação, em especial a sauvignon blanc.

    Ocio 2013 fez estágio de 14 meses em barricas de carvalho francês, apresentou notas de cerejas e tabaco muito discreto. Possui taninos marcantes e 14% de teor alcoólico. É um vinho complexo e persistente.  Devido aos seus taninos e acidez, creio que mais uns 2 anos de guarda lhe faria muito bem!

     

    3) Serena 2012

    A vinícola Serena dedica-se exclusivamente à casta pinot noir e segue os preceitos da cultura biodinâmica no manejo do seu vinhedo, localizado em Nova Pádua (RS), a 750m de altitude. As temperaturas são moderadas e raramente ultrapassam os 28 graus centígrados durante o dia, revertendo para menos da metade durante o período noturno, ou seja, aquele clima friozinho que a pinot adora!

    O Senera Pinot Noir estava há muito tempo no meu radar, mas anida não tinha tido a oportunidade de prová-lo. Não costumo ter boas experiências com a pinot brazuca, entretanto este pertence ao seleto grupo dos pinots brasileiros que considero top!

    O vinho faz estágio de 8-18 meses em barricas de carvalho, variando conforme a safra. Este 2012 teve uma produção de apenas 1.500 garrafas, possuía médio corpo e 12,5% de teor alcóolico e está no seu auge, prontíssimo para beber!

     

    4) Erath Leland 2011

    Erath é um grande produtor do Oregon, localizado no  Willamette Valley, conhecido pela reputação de seus pinots. É a Borgonha dos EUA.  A Erath Winery produz 4 diferentes estilos de pinots, desde o seu agradável vinho de entrada que é facilmente encontrado em todos os EUA por 10-15 dólares, até os mais complexos da linha Estate Selection e Single Vineyard, como é o caso deste degustado, cujas uvas são provenientes exclusivamente do vinhedo Leland.

    Possui médio corpo, 12,5% de teor alcóolica e estagiou por 14 meses em barricas de carvalho francês, sendo que 40% eram novas. Possui a transparência esperada de um pinot noir, demorou a abrir seus aromas, mas ao final mostrou frutas vermelhas intensas.

     

    5) Etude Pinot Noir 2010

    A vinícola Etude está localizada na Califórnia, mas precisamente em Carneros.  A Los Carneros  AVA (american viticultural area), como já vimos no blog (clique AQUI), possui uma parte dentro da região do Napa Valley e outra que se estende até a região vizinha de  Sonoma Valley.

    Este pinot é mais complexo que seu conterrâneo acima, fez estágio de 14 meses em barricas de carvalho e possui mais corpo.  Sua coloração é mais intensa e opaca do que se espera de um pinot noir.

     

    6) Schubert Marion’s Vineyard 2009

    Os pinots da Nova Zelândia possuem reputação mundial devido a sua alta qualidade  conquistada e mantida ao longo de vários anos.  As regiões de Central Otago e Wairarapa se destacam pela alto nível dos seus pinots.

    A Schubert utiliza o manejo orgânico na condução dos seus vinhedos. Degustamos o pinot noir produzido no Marion’s Vineyard. Foi o vinho de maior teor alcoólico (15%) e mais corpo do painel. Fez estágio de 18 meses em barricas de carvalho francês, onde 40% eram novas e 60% eram de 2º uso.

     

    7) Nuits-St-Georges Numéro 1 Vieilles Vignes 2007

    A Borgonha é o berço da pinot noir. Lá ela reina absoluta e seus grandes vinhos possuem características que para muitos são consideradas inigualáveis. A AOC Nuits-Saint-George possui cerca de 40 premiers crus, mas nenhum grand cru. Entretanto não se engane, lá são produzidos vinhos maravilhosos e de certa forma, mais acessíveis que outras renomadas AOCs da Borgonha.

    É um vinho encorpado, possui coloração intensa e 13% de teor alcoólico.  Era a safra mais antiga da noite, 2007. Apresentou nariz complexo com notas discretas de frutas vermelhas, cassis e alcaçuz, além de aromas de evolução com couro e leve trufa.

     

    As ampolas no final da degustação.

    Qual foi o vinho da noite?  Pergunta muito difícil e subjetiva. Eram 7 maravilhosos pinots e a degustação mais representativa que já participei desta casta! Parabéns Jorge e Tom pela bela seleção!

    Saiba mais sobre a pinot noir nos posts:

    • Roteiro Sideways em Santa Barbara Wine Country
    • Nem só de malbec vive a Argentina!
    • A Pinot Noir além do seu reino.
    • Dois excelentes Pinots Californianos

     

     

     

     

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