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    Argentina em destaque na última edição do Decanter Wine Day/RJ

    access_time Publicado em 18 de setembro de 2018
    update Atualizado em 25 de junho de 2020
    perm_identity postado por Vinhos com Fernando Lima
    folder_open Alvarinho,Argentina,França,Itália,Orgânicos, Biodinâmicos e Naturais,Vinícolas

    A última edição do Wine Day da Decanter no Rio de Janeiro teve como tema os vinhos argentinos. Todos os  produtores do país, que fazem parte do catálogo da importadora, estavam com seus vinhos disponíveis para degustação no evento: Luigi Bosca, Riglos, Família Schroeder, Las Moras, Colomé e Viña Alicia, sendo que os 4 primeiros enviaram representares da própria vinícola para expor seus vinhos e tirar dúvidas dos visitantes.

    Familia Schroeder, Luigi Bosca, Las Moras e Riglos estavam com produtor presente no evento.

    Havia 54 rótulos da Argentina e para completar, como já de praxe,  além dos vinhos argentinos que estavam no térreo do simpático casarão, havia no segundo andar uma espécie de bônus da Decanter, ou seja,  uma seleção de vinhos de vários países que estavam divididos em 3 baterias: brancos, rosés e tintos. Na entrada estavam os espumantes e  na saída, estavam nos esperando as ampolas dos fortificados/doces para encerrar os trabalhos, tudo como manda o figurino.

    Confiram algumas das ampolas memoráveis que cruzaram meu caminho!

     

    ESPUMANTES

    Logo na entrada fomos recepcionados com 11 espumantes do portfólio da Decanter.  Uma maravilhosa abertura de trabalhos! Como sabia que havia muita coisa boa pela frente, escolhi apenas 4 espumantes para iniciar minha hidratação, mas selecionei só craques:

    • Raventós de Nit Rosé da Raventós i Blanc: Ótimo cava de cor rosada delicada e agradável frescor.  Possui em sua composição além das castas brancas mais comuns aos cavas, a tinta  monastrell: 42% macabeo, 37% xarel-lo, 14% parellada e 7% monastrell.
    • Liríca Crua da vinícola Hermann: sou fã incondicional dos espumantes brazucas, então minha segunda escolha não poderia ter sido outra, nem tinha como ser mais feliz. Agradável representante da Serra do Sudeste/RS, tem acidez gostosa e turbidez  devido à presença de leveduras.
    • Ferrari Maximum Brut: velho conhecido e excelente espumante da região do Trento, elaborado pelo método tradicional utilizando apenas chardonnay. É um blanc de blanc italiano!
    • Ferrari Maximum Brut Rosé: também maravilhoso.  Possui 60% pinot noir e 40% chardonnay.

    VINHOS DA ARGENTINA

    Claro que a maravilhosa malbec é a grande estrela do país (saiba mais sobre ela clicando AQUI), mas como recorrentemente falamos neste blog, nem só de malbec vive a Argentina (veja outras cepas que mandam bem na Argentina clicando AQUI).  Assim, claro que no Decanter Wine Day  a malbec estava lá reinando, mas outras castas marcaram presença demonstrando personalidade, seja em varietais ou cortes com a diva malbec.

     

    LUIGI BOSCA

    Grande produtor mendocino, localizado em Luján de Cuyo, que possui dezenas de rótulos em seu portfólio. Havia pelo menos uma dúzia de vinhos disponíveis para degustação, desde sua boa linha de entrada, a Finca La Linda que é bem popular entre os brasileiros, até seu top de linha, o Icono. Abaixo destaco 4 que me surpreenderam:

    • Luigi Bosca Gala 4 2015: Gosto da linha Gala, que sempre apresenta caprichados cortes com a malbec. Este, o Gala 4 é  composto por 90% cabernet franc e 10% malbec. Levou 93 pontos no guia Descorchados 2018.
    • Malbec Terroir Los Miradores 2015: Elegante, nariz agradável, redondo e encorpado.  Recebeu 93 pontos do guia Descorchados 2018;
    • Finca Los Nobles Malbec Verdot 2013. Encorpado, complexo e bem gastronômico. Corte que possui predominância de malbec, que é cultivada e fermentada juntamente com a petit verdot.  Quando duas castas são fermentadas em conjunto chama-se processo de co-fermentação, pergunta que caiu no último concurso de sommelier do RWFF em parceria com a ABS/RJ!
    • Icono 2010: Como o nome revela é o top da vinícola.  Corte composto por 52% cabernet sauvignon e 48% malbec. Grande vinho, encorpado, complexo, carnudo e suculento. Recebeu 95 pontos do Descorchados 2018.

     

    LAS MORAS

    Localizada no norte da Argentina, na região de San Juan, que é pouco conhecida pelos brasileiros, pois quando pensamos em vinhos desta região, logo nos lembramos de Mendoza. Os vinhos mais básicos da Las Moras eu já conhecia, mas me surpreendi com os seus Gran Shiraz de altitude. Aliás, San Juan está se especializando na syrah. Abaixo 3 ampolas que trazem boas lembranças:

    • Gran Shiraz Tulum Valley 2008: 100% syrah. Vinha cultivada a 600m acima do nível do mar.
    • Gran Shiraz Zonda Valley: 100% syrah.  Vinha com 900m de altitude.
    • Sagrado El Pedernal Malbec 2014. 100% Malbec cultivado a 1.400m de altitude, estagiou 17 meses em barricas de carvalho francês novo e depois descansou 12 meses na garrafa.

     

    FAMILIA SCHROEDER

    Sou fã da temperamental, difícil, sedutora e irresistível  pinot noir e há tempos acompanho e gosto muito dos exemplares desta casta produzidos na Patagônia (saiba mais sobre os pinots patagônicos  clicando AQUI). A Familia Schroeder, que já foi comentada neste blog  (clique AQUI para relembrar), produz diversos estilos de pinot que aprecio, e no Decanter Wine Day foi uma boa oportunidade para compará-los.  Havia 3 muito interessantes, cada qual dentro da sua proposta:

    • Saurus Pinot Noir 2017. É a linha de entrada. Leve, possui agradável frescor e boa fruta. Apenas 40% do vinho faz estágio de 3 meses em barricas de carvalho, o restante só passa por tanques de inox. Possui ótima relação preço x qualidade.
    • Saurus Select Pinot Noir 2015. Linha intermediária, médio corpo, ainda com fruta expressiva e frescor. 40% do vinho fez estágio de 12 meses em barricas de carvalho.
    • Saurus Barrel Fermented Pinot Noir 2015. Mais complexo e com mais corpo que os demais. 100% do vinho passa 6 meses em barricas de carvalho.

     

    RIGLOS

    Não conhecia ainda os vinhos da Riglos e foi uma boa oportunidade. São vinhos caprichados, elaborados com uvas provenietes de vinhedos do Vale do Uco, localizados a 1.350m de atitude.

    • Riglos Gran Malbec 2014. Redondo, bom corpo, faz estágio de 19 meses em barricas de carvalho francês.
    • Riglos Gran Cabernet Sauvignon 2014. Faz estágio de 18 meses em barricas de carvalho francês.;
    • Riglos Gran Cabernet Franc 2015. Foi o que mais gostei. Achei elegante e curto muito os exemplares argentinos desta casta. Passou 18 meses em barricas de carvalho francês.
    • Riglos Gran Corte 2014. Vinho complexo e bem gastronômico. Corte composto por 34% Malbec, 33% Cabernet Sauvignon e 33% Cabernet Franc. Faz estágio de 21 meses em barricas de carvalho francês.

     

    VIÑA ALICIA

    A vinícola é um projeto “boutique” que produz vinhos de alta qualidade. Foi fundada há quase 30 anos pela Alicia Mateu Arizu, esposa do produtor Alberto Arizu, proprietário da Luigi Bosca.  Possui apenas 10 hectares cultivados, divididos em dois vinhedos em Lujan de Cuyo.

    • Paso de Piedra Chardonay 2016. Interessante branco, sem passagem por madeira e que possui 15% de semillon
    • Morena 2009. Elegante e encorpado. Possui em sua composição 88% de cabernet sauvignon e 12% de cabernet franc. Faz estágio de 12 meses em barricas novas de carvalho francês.;
    • Brote Negro 2009. Foi o que mais gostei da Viña Alicia. 100% malbec, passa 16 meses em barricas e carvalho francês novas. É complexo e encorpado.
    • Cuarzo 2008. Vinho complexo e bem gastronômico. Corte composto por 95% petit verdot, 2,5% carignan  e 2,5% grenache noir. Faz estágio de 16 meses em barricas de carvalho francês.

     

    COLOMÉ

    Tradiconal produtor localizado em Salta no norte da Argentina.  Vinícola que segue os preceitos da cultura orgânica e biodinâmica.  Degustei dois rótulos que já conhecia e gostava (torrontés e malbec) e tive a oportunidade de conhecer um pinot noir surpreendente.

    • Torrontés Estate 2017. Notas florais e cítricas. Bom exemplar da expressão da torrontés em Salta.
    • Lote Especial Pinot Noir 2014.  Não conhecia e me surpreendi com este pinot cultivado a 3000 m de altitude. Faz estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês. Devido a altitude e contato maior com o sol, a casca da pinot fica mais grossa e gera um vinho mais escuro. Interessante!
    • Lote Especial Malbec 2014. Redondo. Não tem erro, é o clássico da vinícola.

    BRANCOS SELEÇÃO DECANTER

    Entre os brancos “não argentinos” havia cerca de 20 rótulos representando diversas regiões produtoras da França, Espanha, Portugal, Grécia, Eslovênia e Itália.  Abaixo 5 boas lembranças:

    • Chablis Premier Cru Beauroy Vieilles Vignes 2016 de Allan Geoffroy. Elegante, complexo, com notas minerais e acidez gostosa, características esperadas de um bom chardonnay da Borgonha!
    • Alvarinho Curtimenta 2015. Uma preciosodade. Acidez gostosa e marcante. Alvarinho é a joia do Minho, saiba mais clicando AQUI.
    • Encruzado 2015 da Quinta dos Roques. Encruzado é a chardonnay do Dão! Possui corpo e boa acidez.  Equilibrado, fez estágio de 7 meses em barricas de carvalho francês.
    • L’Altro Chardonnay 2016.  Produzido pela gigante Pio Cesari. Este conceituado chardonnay do Piemonte possui corpo e frescor intenso, apenas 25% do vinho fez estágio por 7 meses em barricas de carvalho.
    • Marquês de Toledo Verdejo 2016. Gostosa acidez, surpreendeu pelo excelente custo x benefício.

    TINTOS SELEÇÃO DECANTER

    Entre os tintos “não argentinos” havia cerca de 40 rótulos do novo e velho mundo e tal qual fiz nos brancos, busquei “coisas diferentes”. Abaixo alguns que considero interessantes:

    • Portugal: Conde de Vimioso Reserva 2012. Interessante, encorpado e redondo vinho do Tejo. Composto por 40% touriga nacional, 25% cabernet sauvignon, 25% syrah e 10% aragonês.
    • Accademia dei Racemi Primitivo di Mandura Dunico 2013. 100% Primitivo. Passa 8 meses por carvalho esloveno.  Possui acidez e médio corpo.
    • Prado Rey Reserva 2011. Produzido na DO Ribera del Duero. 100% tempranillo.
    • Meyer-Näkel.  Interessante pinot alemão. Médio corpo e boa fruta.
    • J 2014 da José Maria da Fonseca.  Encorpado, gastronômico e potente vinho da Península de Setúbal. Corte composto de 60% grand noir, 28% touriga francesa e 12% touriga nacional. Passa 14 meses em barricas de carvalho francesas novas e engarrafado sem filtração. Recomendável decantar.

     

    FORTIFICADOS/DOCES

    Havia variadas opções para encerrar os trabalhos, antes de seguir para a paz do lar e cair no berço. Havia  Moscatel de Setúbal, Portos, Marsala, espumante Asti e um doce de Madiran.  Como a vida é feita de escolhas, dei uma passada rápida no Marsala e no Torus Doux 2013, para fazer meu grand finale  com o Moscatel Roxo de Setúbal Alambre 2011. Um néctar, total equilíbrio entre álcool e doçura!  (mais info sobre moscatéis de Setúbal clique AQUI)

    Balanço final: Outro ótimo evento da Decanter,  com  excelentes vinhos e mais de 100 rótulos disponíveis para degustação!

    Veja como foi o Decanter Wine Day etapa Chile clicando no link abaixo:

    • Decanter Wine Day/RJ: Chile em destaque com o melhor tinto de 2018!

     

     

     

     

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