4 interessantes uvas italianas para iniciantes e iniciados!
Muitos amigos, alunos, leitores e seguidores constantemente me pedem dicas sobre bons e acessíveis vinhos italianos. A Itália é um país com enorme diversidade de castas autóctones e seus vinhos exercem grande fascínio sobre nós, não é por acaso que o curso de vinhos italianos da ABS-Rio, ministrado pelo grande especialista no tema, Célio Alzer, há anos é um sucesso! Um verdadeiro enotour pelas principais regiões da Itália!
Quando pensamos em vinho italiano, normalmente vamos em busca dos grandes vinhos do país: Brunellos, Barolos, Barbarescos e Amarones. E obviamente a reputação destes caldos é merecida, eles não decepcionam! Entretanto, a ideia de hoje é focar em castas e vinhos de regiões que gozam de menos prestígio que a Toscana, Piemonte ou Vêneto, mas que também são capazes de agradar muito e custam bem menos que seus “irmãos” mais consagrados!
Estou falando das uvas:
- Nero d´Avola
- Montepulciano
- Negroamaro
- Primitivo
NERO D´AVOLA
Casta tinta autóctone da Sicília e uma verdadeira posptar da região, sendo a tinta mais plantada na ilha. Os sommeliers dos EUA gostam de compará-la à cabernet sauvignon devido ao seu corpo, resistência e sua expressão aromática. Uva que gosta de clima quente e pode passar por madeira ou não. Apresenta-se como variteal e também em cortes com outras uvas italianas ou internacionais, como a merlot e syrah. Há boas ofertas aqui no Brasil.
MONTEPULCIANO
Uva tinta plantada na parte central da Itália cujo nome batiza também cidade da Toscana, da qual se origina o Vino Noble de Montepulciano, mas este é elaborado com outra uva, a sangiovese, portanto tenha cuidado para não se confundir! A uva montepulciano que estou me referindo é a plantada em Abruzzo, assim nas ampolas há no rótulo a indicação Montepulciano d ‘Abruzzo. São vinhos que possuem coloração intensa, geralmente apresentam níveis altos de taninos e podem ir de médio corpo a encorpado, dependendo da proposta do produtor.
NEGROAMARO
Seu nome é uma corruptela de “amargo-escuro”, mas desta casta são elaborados vinhos redondos com muito corpo, taninos bem presentes, níveis médios de acidez e equilibrados, ou seja, nada de amargor excessivo. Cultivada principalmente na região da Apúlia (Puglia). Alguns dos melhores são elaborados na DOC Salice Salentino e DOC Nardò. Também é uma uva de clima quente.
PRIMITIVO
E fechando com chave de ouro, a primitivo que também é conhecida como zinfandel e é amplamente plantada com sucesso na Califórnia. Em geral seus vinhos são robustos, estruturados, com nível de taninos de médios a altos, acidez marcante e coloração rubi intensa. É cultivada nos EUA desde meados do século XIX e lá está concentrada cerca de 90% da produção mundial de zinfandel/primitivo. Saiba mais clicando AQUI.
A origem dessa casta, todavia, é croata. Particularmente gosto mais dos Primitivos di Mandura, mas os de Salento também são muito bons.
Na Puglia é também comum bons vinhos elaborados com corte destas duas castas: negroamaro e primitivo como, por exemplo, os abaixo:
Há algum tempo falo destas 4 castas nas redes sociais e fiquei feliz ao ver que estou alinhado com o criativo site Wine Folly (rsrsrsrs)! Veja o mapa bacana deles, que ainda incluiu a brachetto, a barbera e a dolceto:
5 Comments
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Muito bom, grato!
Excelente, como sempre! 🥂🍷
Que legal! Muito obrigado, Luiza! Fico feliz que tenha gostado. Grande abraço.
Muito obrigada!! Adorei!!’
Olá Ana Keyla! Obrigado. Fico Feliz que tenha gostado! Abs